Chapter 8 No.8

Recome?ando hoje estas CARTAS DE INGLATERRA-que eu n?o podia escrever de Lisboa, onde estive alguns mezes gozando os ocios de Tityro, sub tegmine fagi, á sombra d'essa faia constitucional que se chama o Gremio-devo memorar, ainda que tarde, a morte de Benjamin Disraeli, Lord Beaconsfield, ocorrida no dia 19 de maio, pela madrugada, em Londres, na sua casa de Curzon Street.

A doen?a de Lord Beaconsfield, uma complica??o de gotta, asthma e bronchite, arrastou-se cruel e longa; o mal porém foi debelado e Lord Beaconsfield succumbiu realmente á fraqueza, á fadiga dos setenta e sete annos e uma existencia t?o episodica, t?o cheia, t?o emotiva, que ella ficará como o seu melhor romance, bem superior em estylo e interesse a Tancredo ou a Endymion.

Desde o primeiro dia, Lord Beaconsfield perdeu logo a esperan?a de se restabelecer; mas passou a encarar a morte como encarára sempre as suas derrotas politicas: com uma coragem desdenhosa e fria e um ar de facil superioridade. Durante a doen?a, aos accessos agudos da d?r, respondia elle com esses sarcasmos mordentes e rebrilhantes, que tinham sido sempre a sua desforra querida perante um adversario mais forte.

No dia 18, á noite, cahiu pouco a pouco n'uma somnolencia comatosa, e assim permaneceu até ao romper da manh?; momentos antes de morrer, agitou-se, ergueu-se, ainda dilatou o peito, lan?ou os bra?os ao ar-como costumava fazer nos grandes debates da camara; depois recahiu sobre o travesseiro, estendeu as m?os a Lord Rowton e Lord Barrigton, seus secretarios, e murmurou debilmente: Estou vencido!-E ficou como adormecido para sempre. E, considerando que, n'esse momento, toda a Inglaterra, o mundo inteiro, esperavam anciosamente noticias d'aquelle quarto de Curzon Street, onde expirava o homem que sessenta annos antes era um pobre escrevente de cartorio-póde-se dizer que n'esta carreira t?o feliz a morte mesma foi feliz.

O seu proprio funeral teria agradado á sua imagina??o-a certos lados delicados da sua imagina??o de artista. O testamento que deixou n?o permitiu que se celebrassem funeraes publicos na Abbadia de Westminster-disposi??o estranhavel n'um homem que mais que tudo amou a pompa e os grandiosos ceremoniaes; mas n?o teve tambem o lugubre scenario da morte, os crepes, as plumas negras, as tochas, os fumos, as caveiras bordadas-tudo isso que deveria ser t?o antiphatico ao seu luminoso espirito. Foi sepultado no seu querido Castello d'Hughenden, no meio das arvores do seu parque, por uma fresca manh? de maio, na capella toda ornada de fl?res como para uma alegria nupcial; o caminho que lá levava ia por entre jasmineiros e rosaes; em vez do dobre dos sinos de Westminster teve o gorgeiar das suas aves; e o caix?o, seguido pelos principes de Inglaterra, por todos os embaixadores, pela aristocracia que ella governára-desapparecia sob cor?as, ramos e molhos de primroses, que a rainha Victoria mandára, com estas palavras escriptas pela sua m?o: ?As fl?res que elle amava.?

Depois, ao outro dia, em todas as cathedraes da Inglaterra, em cada capella rustica, o clero fez do pulpito o elogio de Lord Beaconsfield; nas universidades, nos institutos, nas academias, os professores commemoraram aquella carreira soberba; pelas platafórmas dos meetings, nas assembléas commerciais, em qualquer parte onde se juntam homens, alguma voz se ergueu a honrar os seus servi?os e o seu genio; Lord Granville, na camara dos lords, na camara dos communs Gladstone, fizeram, em sess?o solemne, o seu panegyrico publico; e durante dias, toda a imprensa ingleza, a imprensa de todo o mundo civilisado (excepto a de Portugal, infelizmente) vieram cheias do seu nome, da commemora??o dos seus livros, da sua pittoresca historia.

E assim Lord Beaconsfield desappareceu-como f?ra o desejo de toda a sua vida-n'um rumor de apotheose.

E todavia nada parece mais injustificado que uma tal apotheose. Lord Beaconsfield, por fim, foi um homem de estado que fez romances. Ora os seus romances, como obras d'arte, já come?am a apparecer, a esta gera??o de sciencia e d'analyse, t?o falsos, t?o ficticios como as novellas lyrico-religiosas do visconde d'Arlincourt; e como homem d'estado o nome de Lord Beaconsfield n?o fica decerto ligado a nenhum grande progresso na sociedade ingleza. Crear o titulo de Imperatriz das Indias para a rainha de Inglaterra, roubar Chypre, restaurar certas prerogativas da cor?a, tramar o fiasco do Afghanistan, n?o constituem de certos titulos para a sua glorifica??o como reformador social: por outro lado, escrever Tancredo ou Endymion, n?o basta para marcar n'uma litteratura, que teve contemporaneamente Dickens, Tackeray e Georges Eliot.

Como succede, depois d'isto, que a Inglaterra, paiz t?o pratico, t?o bem equilibrado, se deixe levar em um tal arranque de admira??o pelo homem que foi a personifica??o, a encarna??o de tudo quanto é contrario ao temperamento, ás maneiras, ao gosto inglez? é que Lord Beaconsfield, mais que nenhum outro contemporaneo, impressionou a imagina??o ingleza-e na fria Inglaterra, como sob céos mais calidos, s?o grandes as influencias da imagina??o.

Podia-se ás vezes sorrir das suas phantasticas obras d'arte, protestar contra as suas theatraes combina??es politicas, mas atravéz de protestos e sorrisos a sua propria personalidade nunca deixou de maravilhar e de fascinar. Qualquer inglez, medianamente educado, a quem se pergunte a sua opini?o sobre Lord Beaconsfield dirá: Foi um homem extraordinario!

Extraordinario-é como elle se nos representa, agora que se vê o conjunto da sua existencia, que n?o parece ter sido um producto natural dos factos ou das occasi?es, mas uma crea??o subjectiva da sua propria vontade, e como um enredo de romance talhado pela sua penna. Sen?o veja-se. Tendo nascido judeu-tornou-se o chefe de uma aristocracia saxonia e normanda, a mais orgulhosa da terra; come?ando em um obscuro circulo litterario e vegetando algum tempo em um cartorio de Londres-veiu a ser o mais famoso primeiro ministro de um grande imperio; n?o possuindo sen?o dividas-bem cedo se tornou o inspirador das grandes fortunas territoriais; homem de imagina??o, de poesia, de phantasia, foi o idolo das classes médias de Inglaterra, as mais praticas e utilitarias que jamais dirigiram uma na??o commercial; sem religi?o e sem moral, governou um protestantismo que n?o concebe ordem social possivel fóra da sua estreita religi?o e da sua estreita moral; confessando o seu desprezo pela omnipotencia da sciencia moderna-foi o grande homem de uma sociedade que quer dar a todo o progresso uma base puramente scientifica: emfim, sendo o menos inglez possivel, tendo um modo de ser e de sentir quasi estrangeiros, dirigiu annos e annos a Inglaterra, o paiz mais hostil ao espirito estrangeiro, e que conhecia bem que n?o era comprehendida pelo homem que a governava. Tudo isto parece paradoxal-e a existencia de Lord Beaconsfield foi com effeito um perpetuo paradoxo em ac??o. Para realizar tudo isto era necessario que o seu genio, por um lado, por outro a sua habilidade, fossem grandes. E realmente em dons pessoais nada lhe faltou: prodigiosa finura de espirito, uma vontade de a?o, uma coragem serena de heroe, uma infinita veia sarcastica, um fogo ruidoso de eloquencia, o absoluto conhecimento dos homens, a luminosa penetra??o no fundo dos caracteres e dos temperamentos, um poder subtil de persuas?o, um irresistivel encanto pessoal,-e tudo isto envolvido (como n'uma athmosfera luminosa) por alguma coisa de brilhante, de rico, de largo, de imprevisto, que era ou fazia o effeito de ser o seu genio.

Eu por mim come?o por admirar a sua propria apparencia. Diz-se que f?ra formoso como um Apollo-e que isto concorrera muito para os seus primeiros triumphos: agora, já t?o velho, era apenas pittoresco.

A sua grande testa sobre a qual cahiam aquelles dous extraordinarios caracóes parallelos, o seu olhar recolhido e como concentrado em pensamentos muito fundos, o nariz de pura ra?a israelita, a bocca descahida na sua eterna curva sarcastica, o bei?o inferior muito recurvo e muito pendente, e a sua estranha pera de Mephistopheles-constituiam uma d'estas physionomias que se sente que v?o ficar na galeria da historia e que servir?o a futuros historiadores para explicar um destino e um genio. Em novo, e quando as modas romanticas o permittiam, vestia-se de setim e velludo, recobria-se d'um luxo de medalh?es e joias, as suas proprias cal?as tinham bordados d'ouro. Agora era mais sobrio de toilette: usava apenas esses casacos compridos como tunicas, a que os homens de origem judaica s?o particularmente affei?oados, e o seu unico adorno eram os bellos ramos que lhe enchiam o peito. Um jornalista francez, n'um dia de crise politica em que Lord Beaconsfield devia fazer um discurso decisivo, encontrou-o momentos antes, n'um dos sal?es da camara, occupado a encher d'agua o tubosinho de crystal que por traz da botoeira da casaca conservava frescas as suas rosas. Todo o homem está n'este tra?o.

De ra?a oriental, teve sempre o amor do fausto, das pedrarias, dos ricos tecidos, da pompa; os seus romances transbordam de descrip??es de palacios, de festas perante as quaes as mais ricas galas de Salom?o s?o como desbotados scenarios de theatro de feira; o seu estylo resente-se d'este gosto: é um sumptuoso estofo, com recamos de ouro, cravejado de joias, scintillante e espesso, cahindo em belas pregas ao comprido da idéa. O dinheiro, o ouro, preoccuparam-n'o sempre, menos pela sua influencia social, que pelo mero esplendor da sua amontoa??o. Os seus heroes possuem fortunas t?o prodigiosas que seriam impossiveis nas condi??es economicas do mundo moderno; Lothario, o famoso Lothario, querendo dar um presente de annos a uma senhora catholica, offerece-lhe uma cathedral toda de marmore branco, que elle mandou construir e que dedicou á santa do nome d'ella; o seu custo excederia decerto dois mil contos fortes. Confessemos que é chic. Pois bem; presentes d'estes dava-os Lothario todos os dias. O banqueiro Sidonia, uma das mais curiosas crea??es de Lord Beaconsfield, dando ao seu amigo Tancredo uma carta de credito para os banqueiros da Syria, redige-a d'este modo: ?Pague á vista ao portador tanto ouro quanto seria necessario para reconstruir os quatro le?es de ouro massi?o que ornavam a porta direita do templo de Salom?o.? Tambem muito chic.

Estou certo que um dos grandes prazeres de Lord Beaconsfield era poder manejar os milh?es de Inglaterra. Todos os seus ministerios custaram caudalosos rios de dinheiro; gastava o ouro como a agua,-e dava-se ao luxo de realisar por si, e á custa do seu paiz, as larguezas epicas do seu banqueiro Sidonia. Mesmo quando estava no poder, estava ainda no romance.

As linhas da sua biographia s?o conhecidas. Seu pae era um d'estes litteratos mediocres e trabalhadores que v?o desenterrando e colleccionando atravéz de in-folios e bibliothecas casos curiosos e archaicos de historia e de litteratura.

Benjamin Disraeli nasceu por isso entre os livros-litteralmente entre os livros, porque a casa em que viviam os Disraeli offerecia o espa?o de uma boceta, e no quarto da crean?a, entre a accumula??o vetusta dos calhama?os, havia apenas espa?o para uma cadeira e para um ber?o. O velho Disraeli era judeu: mas felizmente para os destinos futuros de seu filho rompeu com a synagoga, e todos os Disraeli se fizeram christ?os. Benjamin tinha ent?o dezessete annos, e o seu padrinho na pia baptismal foi um certo Samuel Rogers, notavel por ser ao mesmo tempo um dos mais ricos banqueiros da City e um dos poetas mais elegiacos do seu tempo-e notavel ainda por n?o ficar na historia, nem como banqueiro, nem como poeta, mas como um requintado gourmet, o grande Lucullus de Londres, que deu os mais celebres, os mais finos jantares da Europa.

Assim marcado com o rotulo christ?o, Benjamin Disraeli largou a caminhar pela vida fóra, mas foi encalhar bem depressa n'um cartorio de tabelli?o-onde se diz que, durante dous annos, este mo?o orgulhoso, que já ent?o se considerava um semi-deus, redigiu procura??es e testamentos. Com a mesma penna, porém, ia escrevendo Vivian Grey: e da tempestuosa sensa??o que este romance produziu data a sua grande carreira. A obra, á parte algumas fugitivas scintilla??es de um genio ainda desequilibrado, é no seu conjunto, ao mesmo tempo pesada e vaga; mas satisfazia os gostos escandalosos e intrigantes da sociedade d'ent?o, pondo em scena todas as individualidades marcantes de Londres, politicos, dandies, rainhas da moda, poetas, especuladores.

O melhor resultado de Vivian Grey, foi tornar Disraeli Junior (como elle ent?o se assignava) o favorito de Lady Blenington e do conde d'Orsay, as duas dominantes figuras de Londres d'essa época, e que tinham de sociedade o mais selecto, mais intelligente, mais apetecido sal?o de Inglaterra.

Estes dous formavam um typo destinado a reinar. Lady Blenington era uma mulher de graciosa e olympica belleza, de uma extrema audacia de caracter e de alta energia intellectual. O conde d'Orsay, esse era o homem que durante vinte annos governou a moda, o gosto, as maneiras, com a mesma indisputada auctoridade com que hoje o principe de Bismarck arbitra na Europa.

Usar um modelo de gravata ou admirar um poeta que n?o tivessem sido aprovados pelo conde d'Orsay, seria correr o mesmo risco de uma na??o que hoje, sem auctoriza??o secreta do principe de Bismarck, organisasse uma expedi??o militar. Lady Blenington, entre outras coisas embara?adoras, tinha uma filha: e o bello d'Orsay, n?o sei porque, nem elle o soube jámais, casou com essa menina. Os noivos vieram viver com Lady Blenington; e, bem depressa, entre seu brilhante marido e sua resplandecente m?e, a pobre condessa d'Orsay foi como uma pallida lampada bruxoleando entre dous astros. Fez ent?o uma cousa sensata e espirituosa: apagou-se de todo, desappareceu. E o conde d'Orsay e Lady Blenington, livres d'aquella senhora que entristecia, regelava as salas com o seu ar honesto e frio, come?aram ent?o a scintillar tranquillamente, como constella??es conjunctas no firmamento social de Londres. E Londres curvou-se deante d'esta nova e original situa??o domestica, como se curvava deante de uma nova sobrecasaca do conde d'Orsay, ou deante de uma decis?o litteraria de Lady Blenington.

Benjamin Disraeli tornou-se bem depressa um dos heroes d'este sal?o-onde desde logo se mostrára com esse ar de tranquilla superioridade, de correcto desdem, que foi um dos segredos da sua for?a. Ordinariamente conservava-se calado, apoiado ao marmore da chaminé, n'uma pose d'Apollo melancholico, abandonando-se á caricia ambiente dos olhares das damas que viam n'elle a encarna??o radiante do poetico Vivian Grey. As pessoas mais intimas, come?ando por Lady Blenington, já lhe chamavam sempre Vivian, querido Vivian. O conde d'Orsay fizera-lhe o retrato a sepia-honra que elle dava raramente, e a mais appetecida n'esse curioso mundo.

Todos estes triumphos de Disraeli Junior n?o deixavam de surprehender Disraeli Senior. Um dia, dizendo-lhe alguem que seu filho estava compondo um romance, em que entravam duques, e toda a sorte de grandes, o velho e laborioso litterato exclamou:-Duques, senhores! Mas meu filho nunca viu um sequer!

Viu muitos depois, viu-os todos-e governou-os com uma vara de ferro. Mas n'esse tempo o bello Disraeli Junior era ainda radical, ou tomára ao menos essa attitude. Meditava mesmo a sua Epopêa da Revolu??o, a sua unica obra em verso, uma vaga rhapsodia que eu nunca li, mas de que os criticos mais benevolos fallam como d'um volume de duzentas paginas, sem uma só linha toleravel. E, cousa curiosa, este homem t?o fino, t?o sceptico, t?o experiente, nunca perdeu a candura quasi comica de se considerar um grande poeta como Virgilio ou como Dante, e a esperan?a phantastica de que as gera??es futuras poriam a Epopêa da Revolu??o ao par da Eneida, ou da Divina Comedia.

Apesar de poeta abominavel e de perfeito dandy-ou talvez por isso mesmo-Benjamin Disraeli era reconhecido n'esse tempo como um dos chefes do movimento da Joven Inglaterra.

A Joven Inglaterra consistia n'um grupo de rapazes, ardentes e aristocratas, que se tinham embebido da Revolu??o atravéz da litteratura; fallavam muito da Humanidade e queriam sobretudo um burgo p?dre que os nomeasse deputados; cultivavam pelos sal?es o amor platonico, quereriam vêr o povo feliz comtanto que estivessem elles no poder para promover essas felicidades, e (tra?o decisivo das suas maneiras e da sua pose) quando se escreviam uns aos outros tratavam-se por my darling-meu amor!

Tinham ainda outros distintivos: usavam o cabello á nazarena, mostravam a coragem (enorme n'esse tempo) de admirar o odiado Byron, e procuravam elevar e aperfei?oar a arte da cozinha em Inglaterra!

No emtanto, Benjamin Disraeli já estava bem decidido a sacudir o seu radicalismo-quando fosse necessario aos interesses da sua careira. E essa carreira via-a elle ent?o, apesar de desconhecido e pobre, t?o claramente triumphante no futuro como se a tivesse deante dos seus olhos escripta, parte por parte, n'um programma.

Em pleno reinado dos tories, é caracteristica já a sua resposta a Lord Melbourne, primeiro-ministro ent?o, que lhe perguntava o que elle tencionava fazer.

-Ser eu o primeiro-ministro d'aqui a pouco-respondeu o dandy com as suas grandes maneiras á Vivian Grey.

Lord Melbourne viu n'esta resposta uma odiosa e insolente jactancia. E assim parecia, quando, tempo depois, Disraeli, já deputado por Wycombe, fez o seu primeiro discurso-e o viu suffocado pelas gargalhadas e pelos apupos. Como n?o podia dominar o tumulto, calou-se, dizendo apenas estas palavras mais:

-Hoje n?o me quisestes ouvir. Um dia virá em que eu me farei escutar!

E um dia veio em que n?o só a camara dos communs, mas a Inglaterra, todo o continente, a terra civilizada escutavam com anciedade as palavras que iam cahir dos seus labios, e que traziam comsigo a paz ou a guerra na Europa.

            
            

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