Você de Novo?!
img img Você de Novo?! img Chapter 5 Termos e Condições Do Acordo
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Chapter 8 Sentiu saudade img
Chapter 9 Preparativos para a Festa img
Chapter 10 Festa na casa do Reitor - Parte II img
Chapter 11 Festa na casa do Reitor - Parte I img
Chapter 12 O Plano img
Chapter 13 Visão Linda img
Chapter 14 Apenas Um Sonho img
Chapter 15 O Envelope img
Chapter 16 O Bilhete img
Chapter 17 A Fera Muito Linda img
Chapter 18 Doutor Nick img
Chapter 19 Vadema Inc. Corporations img
Chapter 20 A Ligação img
Chapter 21 Não Espere Por Mim img
Chapter 22 Dante Que Lute! img
Chapter 23 Quebra de Contrato img
Chapter 24 Presente img
Chapter 25 A Entrevista - Parte I img
Chapter 26 Entrevista -Parte II img
Chapter 27 Primeiro Amor, Dante img
Chapter 28 Surpresa no Jantar img
Chapter 29 É assim que eu gosto de te ver! img
Chapter 30 Convite Para Madrinha img
Chapter 31 Missão: Não desistir dos Sonhos img
Chapter 32 Senti Falta de Você img
Chapter 33 Fiquei sem Chão img
Chapter 34 Quer morar comigo img
Chapter 35 Sinto muito, mas... Você terá de me aturar! img
Chapter 36 Louise img
Chapter 37 Mudança Parte I img
Chapter 38 Mudança parte II img
Chapter 39 Freddy img
Chapter 40 Final Feliz img
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Chapter 5 Termos e Condições Do Acordo

Chegamos ao *Winterfell* Café (que possuia o mesmo nome da cidade Winterfell City) de que tanto Dante gostava. Era lindo a arquitetura do lugar, na entrada havia um arco de trepadeira Primavera com folhas rosadas super convidativo a entrar. Um garçom veio nos recepcionar, mostrar as mesas e o cardápio. Assoalho e paredes eram rústicos, o que tornava o ambiente ainda mais aconchegante. Escolhemos nossos pedidos e Dante percebeu o quanto eu estava deslumbrada com o local.

- É lindo o local né? - Ele me perguntou.

- Sim, não conhecia este café ainda. - Falei admirando o local.

- Acertei então! Agora, vamos provar os cafés. - Disse ele sorrindo.

- Sim, mas falta conversarmos sobre os Termos do nosso "Relacionamento Fajuto".

- Você é bem estraga prazeres! - Disse Dante fazendo careta.

- Ué, não foi por isso que viemos?

- Foi, mas podemos aproveitar este maravilhoso espaço, com um café da manhã magnífico de sábado. Vai dizer que estou errado?

Adoraria retrucar, dizer que ele não era encantador e que eu não corria o risco de me apaixonar, porém, eu sabia que nada disso era verdade. Tudo era maravilhoso, coisas que nunca havia passado antes e que estavam afetando minha mente e meu coração. Não são sentimentos ruins, pelo contrário, dava aquele quentinho no coração, uma sensação maravilhosa. Então só o que tinha a fazer era concordar.

- Sim, você tem razão. - Eu disse conformada com a situação.

- Mais animação Kyra.

- To tentando. - Eu disse sorrindo amarelo.

- Que horror, assim você está me assustando. - Disse Dante franzindo a testa e arregalando os olhos.

Eu não poderia perder a oportunidade e fiz careta ficando vesga e sorrindo feito doida. Sério, ficou hilário, só não esperava que ele iria cair na gargalhada. O homem era lindo sorrindo! Acabei ficando com as bochechas rosadas.

- Você é hilária!

- Eu sei, sou boa no que faço. - Me senti orgulhosa da minha personalidade.

- Nunca conheci alguém com a sua personalidade, você realmente é uma montanha-russa.

- Eu sei e me orgulho disso. Mas, agora sem enrolação, bora para os termos. Você os trouxe ou vamos definir por agora?

- Já os trouxe, só falta você assinar.

- Ué, mas não iríamos definir juntos? - Falei sem gostar muito daquilo.

- Sei que você não aprova a forma como o fiz, mas pode ter certeza que não será prejudicada em nada. Cuidei de tudo nos mínimos detalhes.

- Ok, mas eu quero ler o contrato e ver se concordo.

- Sem problemas, está nessa pasta. - Disse ele tirando da sua pasta um envelope, onde encontrava-se o documento do qual eu deveria assinar.

- ok, vou lê-lo. - Peguei o envelope e retirei o documento onde continham as seguintes informações:Continha as nossas informações no cabeçalho e logo abaixo vinham as cláusulas.

***Contrato de Namoro***

Primeira cláusula: contratada terá que fazer o que o contratante solicitar durante as aparições públicas, no qual terá que demonstrar afeto, dar as mãos, abraços e até mesmo beijo.

Segunda Cláusula: Fica expressamente proibído relação sexual.

Terceira Cláusula: Ninguém poderá saber deste contrato, salvo as duas pessoas que estão presentes no mesmo (contratante e contratada).

Quarta Cláusula: Duração do contrato será de no máximo 6 meses, podendo ser extendido pelo contratado caso o mesmo permaneça mais algum tempo na cidade.

Quinta Cláusula: Caso a cláusula terceira seja descumprida, a contratada terá que pagar R$ 100 mil ao contratante e ainda será processada por calúnia e difamação pública. O mesmo se aplica ao contratante.

Sexta Clausúla: Fica a critério do contratante pagar todos os custos em estabelecimentos, viagens, eventos, as mensalidades da faculdade e a ensinar as matérias das quais a contratada precisar de ajuda, além dos honorários (R$ 100,00 a hora).

Sétima Cláusula: Caso o contratante faça quebra de contrato, o mesmo deverá pagar R$ 100 mil a contratada, além dos honorários, mensalidades da faculdade e taxas firmadas.

Comecei a ler o bendito contrato, quando cheguei na segunda cláusula estava bebericando meu café e cheguei a engasgar.

- Como é que é? - Eu falei incrédula.

- Você está bem Kyra? - Disse Dante parecendo preocupado.

- Sim, mas que cláusula é essa senhor? Eu não achei que passaria do abraço, quem dirá isso?

- Calma docinho, isso é para te proteger, vai por mim.

- Como assim? Tipo, você fez essa cláusula para me proteger ou para "te proteger"?

- As duas coisas. Assim, não corremos o risco de nos apaixonar.

- Ah sério? Então você acha que é pelo sexo que as pessoas se apaixonam?

- E não é?

Eu comecei a rir e depois eu que era a ingênua aqui.

- Por que você está rindo? Não estou entendendo.

- Você é mais ingênuo que eu! Não é possível que você acredita nisso, está tentando se enganar? Ah já sei! Enganação do cérebro para proteger o coração.

- E se for? Tenho que tentar me blindar de alguma forma.

- Oras, você gosta da Lola e não tem como se apaixonar por mim, pode ficar tranquilo.

- Já gostei da Lola, hoje estou vacinado.

- Sei, você ainda fica tocado por ela quando a vê.

- Sim, mas tenho vontade de mandar ela para o inferno, porém tenho que ser integro.

- Quando você tem mágoa ou amargura pela pessoa, é porque ainda possui sentimentos pela mesma. A partir do momento que você não se importar mais com ela, é quando a terá esquecido de vez.

- Como sabe dessas coisas se você não tem namorado?

- Isso não quer dizer que nunca me apaixonei. Ter namorado, não diz nada, mas decepção amorosa todos já passamos por isso.

- Ok, mas você concorda com as cláusulas do contrato? Quer modificar algo?

- Deixa eu terminar de ler.

Voltei a ler o contrato e li o tempo do contrato.

- Você ficará 6 meses aqui na cidade?

- Sim, a princípio são de acordo com a minha agenda, terei várias palestras, algumas aulas que lecionarei na universidade da qual você estuda e mais alguns eventos nas cidades vizinhas.

- Caramba! Vou ter que fingir durante esse tempo todo?

- Sim, vai ter que ir nos eventos comigo, eventuais viagens e tudo que for relacionado a aparições públicas.

- Mas, eu não tenho roupas, sapatos e coisas afins para ir nos eventos.

- Termina de ler o contrato por favor.

- Ok, ok. - Voltei a ler novamente o contrato.

- R$ 100 mil! Você está ficando louco? Não vou assinar isso, mal tenho dinheiro para me sustentar, como vou pagar isso?

- Kyra, é só para segurança. Eu também terei de pagar, caso quebre alguma regra ou anule o contrato. Quanto as roupas e demais acessórios, eu arcarei com os custo. Tudo isso está nas cláusulas 5 e 6.

- Realmente estou bem insegura em assinar este acordo.

- Pense bem, vamos ambos nos beneficiar, você chegou a ler a última cláusula do contrato?

- Ainda não.

- Então leia. Acredito que será justo com você.

Li a última cláusula do contrato e fiquei em choque. Dante me olhou surpreso com a minha reação.

- O que foi Kyra, não gostou das condições? Por que essa cara de horror?

- Nem tudo é dinheiro sabia?

- Eu sei, mas quero te ajudar e encare como se fosse um extra além do seu trabalho de meio período.

- Você tem pena de mim?

- Claro que não, mas gosto de remunerar bem quem trabalha comigo. Políticas minhas, sempre fui assim com a minha equipe de trabalho.

- Não faço parte da sua equipe. - Eu disse totalmente magoada com a situação.

- Mas eu quero que você faça, por favor, não me faça implorar.

- Não quero que implore, mas não tenho inteção de aceitar isso.

- Pense bem, se você não assinar, não poderá se defender caso algo saia de controle.

- Como assim? Me defender?

- Sim, porque todos já sabem que estamos saindo. Não adianta agora você querer pular fora, olha pela janela do café.

Olhei na direção da janela e vi vários reporteres batendo fotos nossas e quando viram que eu estava olhando, disfarçaram com seus celulares e maquinas digitais, fingindo serem turistas. Vendo aquilo, percebi que não tinha como escapar daquela situação da qual eu mesma me deixei levar e que Dante estava certo.

- Eu te odeio, você sabe disso né? - Eu falei querendo bater nele.

- Eu sei que é mentira, que no fundo me adora. - Sorrindo de forma charmosa.

- Você deve estar louco, só pode! Vou assinar essa porcaria porque não tenho como fugir. Que droga! - Resmunguei e assinei o contrato. Dante sorriu com ar de vitória, ambos ficamos com uma cópia assinada por ambas as partes.

- Satisfeito? - Eu disse brava.

- Claro que não, quero terminar meu café com bolo de morango que ainda não tive oportunidade de experimentar. O que você pediu?

- Leite com café e bolo de leite em pó. Eu também não experimentei o meu, tava tão focada no contrato que esqueci até desse manjar dos deuses.

- Quero um pedaço do seu bolo, nunca experimentei bolo de leite em pó.

- Óbvio que vou comer sozinha, você não merece meu bolo.

- Ahh mas agora você terá que me dar de acordo com as cláusulas do contrato. Na boca ainda por cima.

- Você está brincando né? - Eu disse incrédula.

- Óbvio que não! Bora, quero ver se o bolo é tão bom quanto falou.O que eu faço agora? Já assinei o contrato, não tem mais como voltar. Coloquei a mão na testa como forma de desaprovação e suspirei derrotada.

- Tudo bem, mas vai ser do meu jeito! - Cortei um pedaço do bolo e fui no estilo "aviãozinho" para colocar na boca dele. Quando chegou na boca e ele foi morder o bolo, eu retirei rapidamente o garfo, deixando ele no vácuo. Ele ficou com cara de tacho e eu comecei a rir, ri tanto que chegou a lacrimejar os olhos.

- Ha, ha, não teve graça. Será que dá para fazer certo? - Disse Dante, com sorriso amarelo.

- Tudo bem. - Limpei minhas lágrimas e refiz o processo, só que desta vez, da forma correta. O povo que estava na janela foi a loucura, vi flash até no bolo.

- Realmente o bolo é muito bom. Agora é a sua vez de provar o meu.

- Por que Deus? Justo comigo? - Eu disse olhando para o céu fictício.

- Anda, não é tão ruim assim.

- Tudo bem. - Eu disse esperando o "aviãozinho". Realmente o sabor do bolo era maravilhoso. Não era tão doce, mas ao mesmo tempo, o morango não estava amarrando. Tudo ali era delicioso, inclusive os cafés.

- Gostou?

- Sim, tudo aqui é maravilhoso.

- Vou te contar, fazia tempo que não me divertia assim com alguém. Você realmente é uma caixinha de surpresas. - Dante disse isso olhando para o relógio, já eram 11:30 da manhã. - O papo está bom, mas infelizmente tenho que pegar a estrada. Nesse evento você não precisa ir, fica tranquila que vou te deixar em casa.

- Não precisa, eu pego um táxi, pode ir sem problemas. - Eu disse piscando para ele.

- Você tem certeza? Na verdade eu me sentiria melhor se te deixasse em casa, em segurança.

- Eu sei, mas vou dar uma caminhada pelo centro.

- Ok, mas toma cuidado com os repórteres. Qualquer coisa diz que está muito feliz e que em breve, eles nos verão em um evento social, onde falaremos abertamente da nossa relação.

- Beleza.

Dante se levantou, foi até a minha cadeira e me deu um selinho. Fui pega de surpresa e ele notou a minha confusão, então sussurrou no meu ouvido: - Fica tranquila, é só um beijo de despedida do namorado. Temos de ser convincentes. - Dito isso, ele pegou suas coisas e saiu do café.

            
            

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